11 de março de 2013

Semana do Dia Nacional da Poesia

No dia 14 de março comemora-se o Dia Nacional da Poesia e nada melhor do que homenagear um dos maiores poetas brasileiros.
Vinícius de Moraes (Rio de Janeiro, 19 de outubro de 1913 — Rio de Janeiro, 9 de julho de 1980) foi um diplomata, dramaturgo, jornalista, poeta e compositor brasileiro. Poeta essencialmente lírico, também conhecido como "poetinha", apelido que lhe teria atribuído Tom Jobim, tem uma obra vasta, passando pela literatura, teatro, cinema e música.
Porém, muitos ainda não sabem que ele foi um grande poeta da Segunda Fase do Modernismo Brasileiro (1930 – 1945), associando sua imagem, na maioria das vezes, exclusivamente à música. Somente a partir da década de 60 Vinicius de Moraes começou a se afastar da Literatura e passou a se dedicar às canções.
Vinicius morreu em 9 de julho de 1980 de edema pulmonar e até hoje lemos e ouvimos suas canções e poesias. Foi um dos escritores e compositores mais populares da cultura brasileira.
É por essas e outras que nessa semana do Dia Nacional da Poesia estamos trabalhando durante as aulas de Informática as poesias e poemas de Vinicius que viraram músicas e ganharam interpretações diversas. A cada dia dessa semana as leituras em forma de ilustrações das poesias e músicas de Vinicius de Moraes feitas pelos alunos serão postadas no blog.
Hoje é a vez do 5º ano! Fiquem ligados!
(Clique nas imagens para vê-las em tamanho maior)






Numa folha qualquer eu desenho um sol amarelo
E com cinco ou seis retas é fácil fazer um castelo
Corro o lápis em torno da mão e me dou uma luva
E se faço chover, com dois riscos tenho um guarda-chuva
Se um pinguinho de tinta cai num pedacinho azul do papel
num instante imagino uma linda gaivota a voar no céu
Vai voando, contornando a imensa curva Norte e Sul
Vou com ela viajando Havaí, Pequim ou Istambul
Pinto um barco a vela branco navegando,
é tanto céu e mar num beijo azul
Entre as nuvens vem surgindo um lindo avião rosa e grená
Tudo em volta colorindo, com suas luzes a piscar
Basta imaginar e ele está partindo, sereno e lindo
e se a gente quiser ele vai pousar

Numa folha qualquer eu desenho um navio de partida
com alguns bons amigos bebendo de bem com a vida
De uma América a outra consigo passar num segundo
Giro um simples compasso e num círculo eu faço o mundo
Um menino caminha e caminhando chega no muro
e ali logo em frente a esperar pela gente o futuro está
E o futuro é uma astronave que tentamos pilotar
Não tem tempo nem piedade nem tem hora de chegar
Sem pedir licença muda nossa vida,
depois convida a rir ou chorar
Nessa estrada não nos cabe conhecer ou ver o que virá
O fim dela ninguém sabe bem ao certo onde vai dar
Vamos todos numa linda passarela
de uma aquarela que um dia enfim
Descolorirá

Numa folha qualquer eu desenho um sol amarelo
e com cinco ou seis retas é fácil fazer um castelo
Giro um simples compasso e num círculo eu faço o mundo